terça-feira, 19 de janeiro de 2010

O perfume para as massas ou de Cleopatra, Rainha da Sabá, Josefina Bonaparte até os dias de hoje


O inicio da utilização dos perfumes de uma forma utilitária é atribuída ao antigo Egito, onde os incensos perfumados chamados “per fumum” eram utilizados no embalsamamento de corpos e durante as orações.
Desde essa época nos chegam também as primeiras notícias de óleos perfumados usados no corpo de rainhas e princesas, como desodorante ou pelo puro, exótico e exclusivo prazer de se perfumar.
Eram misturas de essências de flores e frutos que usavam graxas e óleos extraídos das vísceras de animais como fixadores.
Na era renascentista, a moda dos trajes e arreios de couro, levaram artesãos a pesquisarem ervas, que além de amaciar o couro, diminuíam o forte odor do couro curtido.
Até os dias de hoje se mantém a correlação entre alguns personagens da história e seus aromas preferidos:
Rainha de Sabá - mirra; Nero – rosas; Buda – jasmim;
Luis XIV - cravo e laranja; Napoleão – alecrim;
Josefina Bonaparte – violetas; Montezuma - cacao e baunilha.
O processo de extração e conservação de óleos essenciais foi sendo, difundido e barateado durante os anos a seguir. O perfume tornou-se acessível também à população mais favorecida das grandes cidades, que sofria com a falta de esgotos e de limpeza. Os perfumes eram utilizados como processos de se esterilizar a casa dos burgueses.Os grãos de lavanda são esterilizadores.
Ervas frescas e aromáticas sempre foram apreciadas, mas foi no século XX, que a destilação em grande escala e a descoberta dos óleos sintéticos, trouxe o perfume para o comércio de massa, fazendo que se difundisse por todas as camadas sociais.
Do “musk” usado nas câmaras mortuárias das antigas pirâmides do Egito, até os dias de hoje, o perfume andou um bom caminho. Modernas fábricas de automóveis japonesas bombeiam cítricos e alecrim nas suas tubulações de ar condicionado pela manhã para estimular a produtividade, e camomila e lavanda para relaxar os funcionários ao final do expediente.
A ciência confirma que certas essências causam benefícios terapêuticos ao sistema respiratório, podendo inclusive alterar estados de espírito e de produtividade.
A General Motors estuda um aroma que manterá motoristas em estado de alerta.
Museus usam aromas sintéticos para dar “clima” em suas salas de exposição, e hotéis e lojas, para diferenciar-se da concorrência.
Um estudo da Nike mostra que as pessoas estão mais dispostas a comprar um tênis numa loja perfumada.
O mesmo ocorre com uma maior predisposição ao jogo nos cassinos com ambientes perfumados por aromas estimulantes.

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